Jesus não teve dificuldade.
Mas Ele sabia que amar o próximo como a nós mesmo, seria um desafio gigantesco pra humanidade.
Porque somos seres egoístas. Porque vivemos olhando exclusivamente pra nós mesmos.
São as nossas necessidades que não foram atendidas, os nossos sentimentos que foram feridos, as nossas expectativas que não foram alcançadas.
Vivemos para nos satisfazer, nos curar, nos saciar.
E todo aquele que "atrapalha" essa nossa busca, torna-se um responsável pela nossa frustração.
Acontece que aquela pessoa tem um ego assim como a gente. Ela também está vivendo pra satisfazer carências e desejos, como nós.
Os dela podem ser diferentes, mas não menos importantes pra ela.
Aí, a gente vive em mundos próprios, com necessidades emergentes, que nos impedem de olhar o outro e entender que ele também é um mundo.
Acredito que aí vem a parte que Jesus quer que a gente aprenda.
Entender que o outro é feito de crenças, que possui um determinado grau de evolução e que acima de tudo, não fez nada contra nós, mas sim a favor dele. Isso é um exercício de amor ao próximo.
Compreender que cada um age da melhor maneira possível, usufruindo dos recursos e conhecimentos que tem, nos faz sair do egocentrismo e olhar para o outro, que muitas vezes "nos feriu", e tentar compreender.
São raros os casos daqueles que agiram com a única intenção de ferir. Em quase todas as histórias que conheço, a busca era urgente por saciar necessidades que machucavam. Mas a gente só consegue compreender isso, quando sai do eu e tenta olhar o outro, com os olhos que Jesus propôs.
Exercício dificílimo! Porém, não impossível.
Quando a gente deixa o ego, a gente abandona o eu e vive o nós. E o nós é o Universo, cheio de gente diferente, tão carente quanto a gente, mas que também está buscando uma maneira de ser feliz. E se olharmos o próximo, com a mesma misericórdia que temos conosco, compreenderemos que tudo é uma questão de amor: uns com mais, outros com menos. Mas que será perfeitamente resolvido quando aprendermos aquele que Jesus nos ensinou.
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